Lula assina medida provisória para socorrer empresas impactadas pelo tarifaço dos EUA O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abre nesta quinta-feira (18) o processo para que empresas exportadoras solicitem crédito por meio do Plano Brasil Soberano. Os recursos integram o pacote de medidas anunciado pelo governo para socorrer empresas afetadas pelo tarifaço do presidente Donald Trump. Em 6 de agosto, os Estados Unidos passaram a aplicar uma sobretaxa de 50% sobre a importação de produtos brasileiros, com uma longa lista de exceções. Ao todo, estão disponíveis R$ 40 bilhões em crédito com juros mais baixos: R$ 30 bilhões provenientes do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e R$ 10 bilhões do próprio BNDES. (veja mais abaixo quem tem direito) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo o banco, os recursos serão destinados ao capital de giro, a investimentos para adaptar a produção, à compra de máquinas e equipamentos e à busca de novos mercados. O acesso às linhas estará condicionado à manutenção do número de empregos. "São taxas de juros de 7% a 10% ao ano, dependendo do porte da empresa", afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Como pedir o crédito? O primeiro passo para solicitar o crédito é verificar se a empresa atende aos critérios de elegibilidade. A consulta pode ser feita a partir das 8h desta quinta-feira, pelo site: https://www.bndes.gov.br/elegibilidade-brasil-soberano. Outra forma é abrir a página inicial do BNDES e clicar em "Plano Brasil Soberano". Em seguida, basta clicar na área de consulta de CNPJ. Passo a passo para empresas atingidas por tarifaço pedirem crédito. BNDES/Reprodução Para continuar, é preciso aceitar os termos de compromisso. Passo a passo para empresas atingidas por tarifaço pedirem crédito. BNDES/Reprodução Os interessados deverão se autenticar pela plataforma gov.br, exclusivamente com o certificado digital da empresa. Segundo o BNDES, o sistema reconhece automaticamente os dados da companhia. Como abrir uma conta gov.br Passo a passo para empresas atingidas por tarifaço pedirem crédito. BNDES/Reprodução Após a autenticação, o sistema indicará se a empresa é elegível e quais soluções do Plano Brasil Soberano podem ser solicitadas. Passo a passo para empresas atingidas por tarifaço pedirem crédito. BNDES/Reprodução "De posse dessas informações, a recomendação é que a empresa entre em contato com o banco com o qual já tem relacionamento. No caso das grandes empresas, também é possível diretamente com o BNDES", informou o Banco Nacional de Desenvolvimento. Quem direito ao crédito? ➡️ R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) Segundo o BNDES, podem acessar os recursos do FGE empresas de qualquer porte que tenham exportado para os EUA, entre julho de 2024 e junho de 2025, produtos listados na tabela oficial publicada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Para se qualificar, a receita dessas exportações deve representar pelo menos 5% do faturamento bruto total da empresa no mesmo período. São quatro linhas disponíveis, cada uma voltada para uma necessidade específica: Capital de giro, para cobrir despesas operacionais gerais. Giro diversificação, voltado à busca de novos mercados e clientes. Bens de capital, destinado à compra de máquinas e equipamentos. Investimentos, para projetos de inovação, melhorias na produção de bens e serviços, e fortalecimento da cadeia produtiva. ➡️ R$ 10 bilhões do BNDES Empresas cujos produtos foram taxados pelos EUA — independentemente do percentual da tarifa ou do impacto no faturamento — podem acessar os R$ 10 bilhões em crédito disponibilizados diretamente pelo BNDES. Há duas linhas disponíveis: Capital de giro emergencial, para cobrir despesas operacionais gerais. Capital de giro diversificação, voltado à busca de novos mercados. Conforme mostrou o g1 no mês passado, também estão entre os setores beneficiados pelas linhas de crédito do BNDES aqueles cujos produtos não foram atingidos pelo tarifaço de Trump, mas que ainda enfrentam dificuldades comerciais. É o caso de segmentos como suco de laranja, artigos de aeronaves, petróleo e derivados, além de fertilizantes. Para as empresas com impacto entre 5% e 20% no faturamento bruto, haverá uma linha especial de capital de giro para diversificação. Já empresas com impacto igual ou superior a 20% poderão acessar todas as linhas e garantias disponíveis. Outro ponto importante é a cláusula de manutenção de empregos. Empresas que acessarem crédito com subsídio deverão manter o número médio de vínculos empregatícios, com base em dados do eSocial. A média será calculada entre dois períodos de 12 meses: antes e após a contratação do crédito, com carência inicial de quatro meses. Infográfico - Lista de isenções ao tarifaço de Trump Arte/g1 Edifício-sede do BNDES, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1
Yamaha Ténéré 700 está de volta por R$ 72.990 e promete acirrar disputa entre as trail O principal lançamento da Yamaha neste ano, a Ténéré 700 (ou T7), chega às concessionárias em outubro por R$ 72.990. Diante de rivais mais acessíveis, a T7 precisa mostrar que seu prestígio não ficou no passado e que a versão 2025 é, de fato, uma moto competente. O g1 já testou a novo modelo que carrega a história de sucesso no Brasil nas décadas de 1980, 1990 e 2000, com versões de 250, 600, 660 e 1200 cilindradas. Após ser descontinuada em 2018, ela retorna em 2025 com a missão de reconquistar os antigos fãs da bigtrail japonesa. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp O modelo é conhecido por sua vocação off-road e, há 30 anos, era destaque em competições como o Rali Paris-Dakar. Ainda assim, sua trajetória no Brasil não será simples, especialmente por conta da estratégia de preços salgados da Yamaha. A BMW F 800 GS, por exemplo, traz motor maior, com 87 cv e 9,1 kgfm de torque, números bem acima dos 68,9 cv e 6,6 kgfm da Ténéré. E custa R$ 69.990, sem frete. Quem busca uma opção menos conhecida, mas mais em conta, pode considerar a Moto Morini X-Cape — a trail da marca italiana — disponível por R$ 52.990 na versão topo de linha. Há ainda a versão de entrada da X-Cape, de R$ 47.990, equipada com motor de 649 cm³ que entrega 60 cv e 5,6 kgfm de torque. É menos que a Yamaha, mas a diferença de R$ 25 mil é significativa. A seguir, confira os pontos fortes e fracos da moto e descubra se ela tem potencial para reviver seus dias de brilho. Yamaha Ténéré tem preço inicial de R$ 72.990, mais caro que a concorrente da BMW Stephan Solon Menos potência que a Ténéré europeia A Yamaha Ténéré 700 nacional tem motor de dois cilindros com capacidade volumétrica de 689 cm³, que entrega 4,1 cv e 0,4 kgfm a menos que a versão europeia. Apesar disso, os 68,9 cv são suficientes para arrancadas e ultrapassagens. O motor, porém, não responde bem em baixas rotações. Em saídas de pedágio, por exemplo, fica mais evidente essa demora para encher o propulsor de ar. Isso é uma característica sentida nas trail, pois o coletor de ar costuma ser mais longo nesse tipo de moto e o caminho que o oxigênio percorre até chegar à câmera de combustão também é maior, o que leva à demora para responder ao comando do punho direito. O desempenho começa a aparecer a partir de 6.500 rpm. É nessa faixa que as 700 cilindradas mostram vigor. O torque de 6,6 kgfm exige que o piloto mantenha firmeza nas pernas para não escorregar do banco. Ela chegou em três opções de cor Stephan Solon O conjunto motriz é completado por câmbio manual de seis marchas, com escalonamento eficiente. A 120 km/h, em sexta marcha, o motor gira a cerca de 5.000 rpm, o que garante conforto em viagens. A embreagem, no entanto, poderia ser do tipo deslizante — tecnologia que evita trancos em reduções. Em frenagens para lombadas ou obstáculos, é comum ouvir o pneu travando no asfalto. Pilotagem e dimensões A roda dianteira de 21 polegadas — maior que as de motos urbanas, geralmente de 18 polegadas — permite superar obstáculos com facilidade. O problema está nos pneus de uso misto, que geram ruído excessivo em rodovias por conta dos sulcos largos. Nas dimensões, a Ténéré intimida quem está subindo em uma bigtrail pela primeira vez. A altura do assento, de quase 90 cm, dificulta manobras para pilotos mais baixos. Na Europa, existe uma versão com banco 2 cm mais baixo, totalizando 85 cm de altura. No Brasil, a Yamaha oferecerá apenas uma versão, sem opção de ajuste. Galerias Relacionadas O banco também poderia ser mais confortável. Para o piloto, falta maciez. Para a garupa, a porção do assento é mais estreito e fino, tornando viagens longas bastante desconfortáveis. Por conta das dimensões exageradas, a moto não é ágil nas mudanças de direção e isso precisa ficar claro antes de o consumidor optar por subir de patamar. As maxtrail normalmente não são motos com a agilidade das street e naked. São pesadas e exigem certa previsibilidade para fazer desvios. Além disso, não são nada aptas para andar no trânsito das grandes cidades. Passar no corredor? Esqueça. A Ténéré, por exemplo, tem 20 cm a mais de largura do que uma Honda CG 160. Confira a ficha técnica: Tecnologia e conectividade Um dos destaques da Ténéré 700 é o painel TFT de 6,3 polegadas, posicionado na vertical. Com dois modos de visualização — Street e Adventure —, ele exibe todas as funções, incluindo a possibilidade de desligar o ABS e o controle de tração. O painel permite conexão com o celular via Bluetooth, possibilitando atender chamadas e ouvir música. O mostrador é bonito e completo. No punho esquerdo, há um botão para acessar as funções do celular e do computador de bordo. Uma entrada USB-C fica ao lado direito da tela. Durante o teste, o consumo médio foi de 19,2 km/l, número condizente com o segmento, especialmente considerando o uso em pistas não pavimentadas. A iluminação é totalmente em LED, com quatro projetores nos faróis. A silhueta da moto convida para aventuras fora de estrada. Farol é composto por quatro "canhões" de LED Stephan Solon Continua o legado da Ténéré? A Yamaha oferece quatro anos de garantia para o modelo. Para segurança, a Ténéré 700 oferece freios ABS com três modos: totalmente ativado, desativado apenas na roda traseira ou desligado nas duas rodas — ideal para pilotagem off-road. E, respondendo à pergunta: sim, a Ténéré 700 tem fôlego para continuar o legado da linha. É uma ótima escolha para quem gosta de viajar e enfrentar terrenos acidentados. Tem boa potência, é uma moto segura e prazerosa ao pilotar. E a evolução comparando ao modelo de 2018 é inegável. O motor passou a ter dois cilindros — antes era monocilíndrica —, o que diminuiu bastante a vibração em altas rotações. A Ténéré 700 conta com ABS de série, enquanto a geração anterior oferecia esse item opcionalmente. Duas ressalvas precisam ser feitas: faltou uma versão com assento mais baixo para democratizar o uso da moto e o preço salgado, que pode afastar parte do público que fez da Ténéré, não só um sucesso, mas uma moto desejada nas gerações anteriores. Banco da Ténéré 700 poderia ser mais confortável, especialmente para quem vai na garupa Stephan Solon
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