Presidente dos Correios detalha plano de reestruturação da empresa Após a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) publicar nesta terça-feira (30) o contrato de garantia entre a União e o consórcio de bancos que foi formado para emprestar R$ 12 bilhões para socorrer a situação financeira dos Correios, a empresa recebeu o repasse de R$ 10 bilhões que eram previstos para este mês. A confirmação foi obtida com exclusividade pelo g1. Durante a coletiva de imprensa dos Correios de segunda-feira (29), a empresa afirmou que a expectativa era de que o recebimento do crédito de R$ 10 bilhões acontecesse até o último dia do ano (31), em função da necessidade de publicação do contrato que coloca o governo federal como avalizador do contrato de empréstimo. Os R$ 2 bilhões restantes devem ser pagos em janeiro. Com isso, a empresa realizou o pagamento do salário de dezembro de todos os funcionários, estimado em R$ 300 milhões. A assinatura do contrato de empréstimo foi publicada no sábado (27), no Diário Oficial da União (DOU), e envolve um consórcio com os bancos Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O acordo tem validade até 2040 e conta com garantia da União, após autorização do Tesouro Nacional, em 18 de dezembro, o que significa que o governo federal dá respaldo à operação e reduz o risco para as instituições financeiras que concederam o crédito. De acordo com presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Bradesco vão aportar R$ 3 bilhões cada. Itaú e Santander vão emprestar outros R$ 1,5 bilhão, cada um. O contrato prevê um prazo de carência de 3 anos e pagamentos mensais a partir de dezembro de 2029. A taxa de juros ficou em 115% do CDI – abaixo do teto de 120% do CDI, estabelecido pelo Tesouro. Com o aval do Tesouro, o governo federal deve honrar as parcelas do pagamento caso os Correios fiquem inadimplentes, ou seja, se a estatal não pagar. Trata-se de uma garantia adicional para os bancos que concederam o crédito. Durante a coletiva de ontem, o presidente dos Correios também não descartou o plano da empresa de tomar mais R$ 8 bilhões emprestados de instituições financeiras. Segundo o presidente da companhia, a captação dos recursos poderá se dar por meio de aportes de verbas públicas do Tesouro Nacional ou através de um novo empréstimo. Mas que a melhor forma de obtenção desses recursos está em análise e ainda será definida. A ideia inicial da estatal era a tomada de um empréstimo de R$ 20 bilhões, que não foi autorizado pelo Tesouro Nacional em função da alta taxa de juros que havia sido proposta. "O plano de reestruturação foi concebido com uma necessidade declarada de captação de recursos da ordem de R$ 20 bilhões. Então, a gente fez uma primeira rodada com bancos, recebemos oferta dos R$ 20 bilhões, mas a uma taxa que a gente entendeu que estava mais elevada", afirmou Rondon. Plano de reestruturação O plano de reestruturação da empresa prevê corte de R$ 2 bilhões em gastos com pessoal, venda de imóveis e o fechamento de mil agências – atualmente os Correios têm cerca de 5 mil unidades. A companhia vai implementar um programa de demissão voluntária (PDV) e espera, em até 2 anos, reduzir em 15 mil o número total de funcionários, o que representaria um corte de 18% na folha de pagamentos. 🔎O PDV é um pacote de incentivos oferecido por uma empresa para que seus funcionários peçam demissão por vontade própria. Diferente de uma demissão comum, o PDV funciona como um acordo. Para a empresa, é uma forma de reduzir custos ou reestruturar o quadro de funcionários sem o impacto negativo de demissões em massa. Emmanoel Rondon, que afirmou que o modelo econômico-financeiro dos Correios deixou de ser "viável". O plano de reestruturação elaborado tem o objetivo de reverter os 12 trimestres seguidos de prejuízos. A proposta detalhada nesta segunda visa recuperar as contas da empresa em 2026 para que possa voltar a ter lucro a partir de 2027. Para isso, os Correios esperam: redução em R$ 2,1 bilhões nos custos com pessoal vender R$ 1,5 bilhão em imóveis não operacionais redução de mil pontos de venda deficitários reformulação do plano de saúde para reduzir o custo em R$ 500 milhões anuais 📉Em setembro, a empresa anunciou o resultado do primeiro semestre de 2025 e apresentou um prejuízo de R$ 4,3 bilhões. Em 2024, o prejuízo no mesmo período tinha sido de R$ 1,3 bilhão. O presidente dos Correios afirmou que "a rota precisa ser ajustada rapidamente" para evitar um possível prejuízo de R$ 23 bilhões para o ano de 2026. "Não tem mudança substancial em 2025 que vá afetar este ano. A expectativa é que ainda exista uma leve piora para 2026", afirmou Rondon. Aumento de receitas A empresa também deve buscar novas estratégias para conseguir alavancar as receitas. A expectativa é chegar a R$ 21 bilhões em 2027. Em 2024, os Correios fecharam o ano com uma receita total de R$ 18,9 bilhões, contra R$ 19,2 bilhões em 2023 e R$ 19,8 bilhões em 2022. Até setembro deste ano, os Correios viram sua receita diminuir em quase R$ 2 bilhões, no comparativo com o mesmo período de 2024. As receitas foram impactadas pela implementação do programa "Remessa Conforme", criado pelo Ministério da Fazenda em 2023. O governo passou a cobrar imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, que até então estavam isentas para empresas. A medida ficou conhecida como "taxa das blusinhas". Com a instituição do programa, a legislação brasileira passou a permitir que empresas de transportes façam o frete pelo Brasil de mercadorias internacionais, deixando de ser obrigatória a distribuição das encomendas junto aos Correios, como era feito até então. De acordo com um levantamento da empresa apresentado durante a coletiva, os Correios perderam espaço no mercado de encomendas entre 2019 e 2025. Saindo de 51% no primeiro ano do governo Bolsonaro para 22% atualmente. "O monopólio de cartas em centros urbanos ou em locais que geravam rentabilidade passou a não ser suficiente para financiar as comunicações físicas que estão ligadas a universalização do serviço postal em locais remotos ou locais que são originalmente deficitários", afirmou Rondon. A empresa ainda pretende investir R$ 4,4 bilhões entre 2027 e 2030, com um empréstimo junto ao Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, presidido por Dilma Rousseff. A captação terá como destinação obrigatória a “automação de centros de tratamento, renovação e descarbonização da frota, modernização da infraestrutura de TI e redesenho da malha logística”.
Concurso da Câmara dos Deputados terá 70 vagas e salários de até R$ 30 mil A Câmara dos Deputados divulgou um edital para um novo concurso público, que vai selecionar candidatos para preencher 70 vagas de nível superior na Casa, em Brasília (DF). As oportunidades são para cargos de Analista e Técnico Legislativo, com salários de até R$ 30.852,99. As inscrições começam em 5 de janeiro de 2026 e vão até o dia 26 do mesmo mês. As provas objetivas e discursivas estão previstas para 8 de março e serão aplicadas em todas as capitais do país. Segundo o edital, a taxa de inscrição para o concurso varia entre R$ 100 e R$ 130, e deve ser paga até 28 de janeiro. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp As vagas compõem as seguintes atribuições: Analista Legislativo, com salário de R$ 30.853,99: Planejamento, orientação e execução de tarefas administrativas e legislativas ligadas à atuação da Câmara e do Poder Legislativo; Apoio técnico e administrativo em diversas áreas, como gestão de pessoas, processos, materiais, patrimônio, licitações, contratos, orçamento, finanças, tecnologia da informação e comunicação social; Assistência à Mesa, às Comissões, às Lideranças e à Administração em temas constitucionais, regimentais, de técnica legislativa e procedimentos administrativos; Fornecimento de subsídios para a elaboração de documentos de natureza legislativa e administrativa Coleta, organização e atualização de dados e informações relativas a matérias legislativas, administrativas, financeiras e orçamentárias Para este cargo, a jornada de trabalho é de 40 horas semanais. A taxa de inscrição é de R$ 130. Técnico Legislativo, com salário de R$ 21.008,19: Atividades de nível técnico relacionadas ao planejamento, controle e execução de trabalhos legislativos e administrativos; Provisão de condições técnicas, operacionais e materiais necessárias para o desempenho das atividades institucionais da Câmara dos Deputados; Assistência a unidades administrativas, incluindo a Mesa, Comissões e Lideranças; Elaboração e análise de documentos e relatórios que servem de suporte aos trabalhos legislativos ou administrativos; Desenvolvimento de planos e projetos voltados à administração de recursos materiais, humanos, orçamentários, financeiros e de informação. Para este cargo, a jornada de trabalho é de 40 horas semanais. A taxa de inscrição é de R$ 100. ➡️ VEJA O EDITAL Vista do plenário da Câmara dos Deputados antes do início da votação do texto da reforma tributária, em Brasília, na noite desta quinta-feira, 6 de julho de 2023. CLÁUDIO REIS/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO De acordo com o edital, serão 35 vagas imediatas para cada cargo, distribuídas igualmente da seguinte maneira: 22 vagas destinadas à ampla concorrência; 2 vagas para pessoas com deficiência; 9 vagas para candidatos pretos e pardos; 1 vaga para candidato indígena; 1 vaga para candidato quilombola. Além disso, o concurso também conta com a seleção de 70 vagas para cadastro de reserva com a mesma distribuição. Veja o cronograma do concurso: Período de Inscrições: de 05/01/2026 a 26/01/2026 Solicitação de isenção da taxa de inscrição: 05/01/2026 a 12/01/2026 Data final para pagamento da taxa de inscrição: 28/01/2026 Aplicação das provas objetivas e discursivas: 08/03/2026 Divulgação do padrão preliminar de respostas da prova discursiva: 10/03/2026 Divulgação dos gabaritos oficiais preliminares das provas objetivas: 13/03/2026
Copyright © DJG Consultoria em T.I.
Design This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.
